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Setembro 2011

Chagas, o bom companheiro

Quando me candidatei a suplente de senador, em 1978, pensei que estava marcando um tento com a direção do jornal, “O Estado de S.Paulo”, que se vangloriava de ser jornal de oposição embora, por baixo dos panos, pintasse os canecos que para que D.Helder Camara, adversário da ditadura, não ganhasse o Prêmio Nobel da Paz. Pois bem.Sem respeitar a etiqueta que recomendava me dirigisse primordialmente ao meu chefe direto, o diretor da sucursal Carlos Chagas, telegrafei ao todo poderoso diretor de O Estado de S.Paulo, Julio Mesquita Neto, comunicando lhe a honraria. Não deu outra.

Pelo telefone, o chefão mandou Carlos Chagas me demitir Carlos Chagas, com seu estilo mineiro (no melhor estilo mineiro, diga-se de passagem) de se comportar, levou a ordem na valsa e me manteve no trabalho até que o homem esquecesse de me punir. Dali só saí quando ele também foi demitido, no desmonte de toda a sucursal que, a nossa ver, funcionava em excelentes condições.

Emprego

Flavio Marcilio, quando presidente da Câmara dos Deputados, decidiu renovar o quadro de redatores da Casa, nomeando vinte e sete jornalistas políticos que ele conhecia de convivência diária. Foi um Deus nos acuda A imprensa foi feroz, violenta, acusando-o de estar montando uma bancada de direita. Eu, lá entre os nomeados, seria de direita? Aliás, hoje em dia, dizem que sou do PT só porque apoio Lula e Dilma. O certo que os jornalistas que trabalhavam com Chagas e ganharam o emprego, não foram incomodados, continuaram a exercer seu ofício no jornalão.

Viúvas

Um dia destes conversando com Hebe Guimarães, colega daquele tempo, ela se proclamou viúva de Carlos Chagas e se propôs a organizar homenagem ao antigo chefe. Aderi, pressuroso, mas a iniciativa não sei porque não foi adiante.

Até os tempos de Chagas na direção da sucursal de Brasília, as sucursais eram comandadas por jornalistas que respeitavam e valorizavam os colegas. Foram, então, ocupadas, não sei porque razão, por feitores,capitães do mato, docilíssimos, subservientes aos chefes e imperiais, humilhando os subordinados. Um deles chegava a esfregar o punho diante de colegas que momentamente chefiava, numa exibição de força.

Hoje esta na matriz, lá em cima, disposto a este e outros serviços para ficar bem com quem manda.

Bodas

Enila e Carlos Chagas chegaram às bodas de ouro de casamento. Ele jamais aceitou emprego público. Todos em Brasília sabem que um lugar de assessor legislativo do Senado esperou, por ele, em vão, anos.Os dois preferiram viver de suas profissões, ele como jornalista e professor de Ética na UnB, ela como psicóloga. E educaram tão bem as duas filhas que uma foi secretaria do Ministério da Justiça e a outra é Ministra da Comunicação do governo Dilma, lembrando o pai que foi Secretario de Imprensa da Presidência da República nos tempos de Costa e Silva.

Um dia destes tive o prazer de rever Chagas, mulher e filha no restaurante Bargaço onde fui encarar meu peixe frito,ele sempre discreto eu mais exuberante, meridional. Agora que ele não e mais meu diretor de jornal, posso homenagea-lo como merece sem peias e sem que alguém me chame de interesseiro, apenas lembrado de sua

correção,de seu coleguismo e excelente caráter..

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(*) Lustosa da Costa (Sobral), jornalista e escritor.

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Lustosa da Costa
Jornalista e Escritor

                                            


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