Bom dia, terça-Feira, 23 de Abril de 2024
Casa do Ceará

Imprima




Ouça aqui o Hino do Estado do Ceará



Instituições Parceiras


































:: Jornal Ceará em Brasília


::Odontoclínica
Untitled Document

Dezembro 2008

Acopiara comemorou cinco centenários em 2008


Jb Serra e Gurgel (*)

Neste ano da graça de 2008., Acopiara comemorou cinco centenários, em grande estilo. Os 100 anos da chegada da família Gurgel do Amaral Valente; os de Nominandas Bezerra Lima, o Naminame do Café, os de Antonio Alves Guilherme, Antonio do Cedro, os de Dr; Tiburcio Valeriano Soares Diniz e os de Antonio Dias Albuquerque, o Vilela.

Sobre os 100 anos da chegada da família Gurgel do Amaral Valente : foram marcados por muita emoção. Somos mais de 1.600 descendentes do Vovô do Rio e da Vovó Joaninha, por mim contados, entre diretos e indiretos. Claro que nem todos estiveram em Acopiara. Mas os300 que lá passaram vivenciaram momento único em suas vidas. Que os descendentes comemorem os 200 anos com o mesmo brilho e reverência.

Cultuar a memória é viver a História, a ocupação espacial e territorial (urbana e rural), a formação política, a organização social (educação e cultura), a estruturação administrativa, o desenvolvimento econômico, centifico e humano. Aproveitamos o momento para nos situar perante todos os nossos conterrâneos pela contribuição de nossa família ao progresso de nossa Acopiara.

Nominandas Bezerra Lima nasceu em Iguatu, filho de Santiago Bezerra Lima e Joana Guedes Moreno.Ficou órfão aos 10 anos e começou a trabalhar na agricultura para ajudar seus 10 irmãos.Veio cedo para Acopiara, casando-se em 1934 com d. Maria. Dos 13 filhos que tiveram, nove se criaram, nasceram 37 netos, 58 bisnetos e 7 tataranetos. Viveu com com d. Maria 60 anos., ela morreu com 78. Ele faleceu este ano em 02.02 com 101 anos e três meses.

Nominandas enfrentou muitas dificuldades para sobreviver com dignidade. Trabalhou na Serraria de José Emídio, nos sítios Lamarão do coronel Sinfronio, Campestre e Veneza.Vivia da agricultura, como meeiro, e na cidade, no Colchete, na casa em que morava, cedida por Antonio Tó, tinha um pequeno negócio, ora pensão, ora venda de produtos essenciais, ora bodega, ora café o que era feito por.d. Maria mas que lhe valeu o apelido de Naminame do café. Foi também marchante (açougueiro) e comprou um jumentinho para acompanhar o padre João Antonio nas missas nas capelas levando comidas, pães, sequilhos, bolachas, tapiocas e café.

Antonio Alves Guilherme nasceu em Tauá, em 22.10.1908, filho de José Alves Ferreira e Elvira Holanda Cavalcante, Aos 17 anos foi morar em São Luis, no Maranhão. Após a morte do pai, sua mãe foi morar em Lages, mais tarde Acopiara, com os filhos Chico Elvira, Mariinha, Joaquim, Manuel , Luiz e Teodolina, no sitio Croatá, de seu primo, Almerindo Guilherme.

Já em Lages, em 1929, conheceu Zilda, do sitio Córrego do Juazeiro, ao lado do Croatá, casando-se em 1929, ato celebrado pelo padre Leopoldo Rolim, nascendo os filhos Albertina, Aldenora, Altamira, Adalberto, Adalia, Adaíza, Alzionete, Antonio, Fernandes, José, Goreti, Elvira, Pedro e mais sete filhos que faleceram recém –nascidos, chegando aos 42 netos e 60 bisnetos.

Antonio e Zilda, casados, foram morar no sítio Cedro, de propriedade de Félix Florentino, vivendo da agricultura, depois do comércio de gêneros, da compra de algodão para seu tio, Chico Guilherme, além de pele e mamona para Alcebíades Jácome e João Holanda, seus amigos e compadres. Tornou-se Antonio do Cedro e foi nomeado Delegado de Quarteirão do Cedro, pelo Governador Interventor Federal no Ceará, Francisco de Menezes Pimentel.

Em 1947, veio morar na cidade incentivado pelo irmão Chico Elvira, estabelecendo-se n comercio à rua Marechal Deodoro até 1981. Em 1948, comprou o sitio Canaã, cuja casa grande foi cedida para a empresa construtora da CE 040 , na seca de 1958. e mais tarde parte da fazenda foi vendida a Prefeitura , na gestão Jairo Alves, para que fosse construído um campo de pouso que leva o seu nome. Faleceu em 26.07.1991, cercado por seus familiares e amigos.

Dr. Tibúrcio Valeriano Soares Diniz nasceu em 10.09.1908, em Serra Talhada/PE, terra de Lampião, filho do coronel Cornélio Soares e Cecília Diniz Soares, ele foi prefeito da cidade, neto paterno do abastado comerciante, Tibúrcio Valeriano Gomes de Lima, e neto materno de Joaquim Diniz, juiz da comarca de Serra Talhada. Com 12 anos, em 1920, ingressou no Ginásio em Serra Talhada e com 23 na Faculdade de Medicina, do Recife, formando-se em 1936. A convite de seu colega, Aderson Monteiro, veio várias vezes à Acopiara.

Em 1938,já médico, fi xou-se em Acopiara casando-se com d. Mun dinha, filhade Paulino Félix Teixeira e Josefa Alves Teixeira. O casal teve nove fi lhos: Sergio, Semiramis, Nodja, Cornélio,. Aurélio, Lécia, Márcia, Cecília, Tibúrcio e Paulino.

Em 1946, foi nomeado prefeito para o biênio 1946-47, elegendo-se depois para o período 1950-54. Foi eleito deputado estadual para o período 1954-58. Tentou a reeleição para 1958-62, fi cando na primeira suplência , assumindo em função da licença de Pontes Neto, nomeado Secretário estadual de Saúde. Faleceu prematuramente em 26.03.1962, com 53 anos. Sua passagem pela prefeitura foi marcante deflagrando o processo de calçamento, abastecimento de energia elétrica e d,água com a construção da barragem que leva o seu nome, inicialmente com 2.4 milhões de m3 e hoje com 7,1 milhões de m3, construção do centro de puericultura, maternidade e hospital.

Quem comemorou centenário vivo, festejado por seus familiares e amigos, foi Antonio Dias Albuquerque, o Vilela, nascido em 01.01.1907, no Isidoro, distrito de Acopiara, filho de José Dias Bezerra e Julio Lopes Albuquerque. Aos 9 anos perdeu o pai e aos 13 a mãe e lhe coube a desafiadora missão de coordenar a sobrevivência dos irmãos Everaldo, Evaldo, Esmeralda,Perpétua, Edmundo, Zélia, Alaíde, Vilebaldo, Madalena e Helena, com os parcos recursos de que dispunham. Reconhece que foi muito difícil mas não faltou a solidariedade de Isidoro.Aos 28 anos casou –se, em 1935, com Maria Albuquerque com que viveu até 199. Foram 59 anos de lutas em comum.

Austero, simples, humilde, cordato, como toda gente do povo, Seu Vilela foi agricultor, pedreiro, tendo trabalhado na construção da Igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em 1925 mestre de moagem nos engenhos de rapadura de Acopiara, cobrador de impostos, oficial de registro e subdelegado. Como funcionário público foi escrivão do registro civil durante 26 anos, passando por suas mãos 18 mil registros, de 1951 a 1977, um feito sem dúvida notável. A razão de sua longevidade, motivo de orgulho e simpatia dos acopiarenses, está na sua disciplina de vida, mantendo os hábitos de uma vida saudável, sem os excessos. Católico praticante recorda com emoção dos tempos em que vinha a pé do Isidoro para Acopiara a fim de participar da festa da padroeira.

(*) JB Serra e Gurgel, (Acopiara), jornalista e escritor.

Untitled Document

JB Serra e Gurgel
Jornalista e Escritor
http://www.cruiser.com.br/girias
gurgel@cruiser.com.br


:: Outras edições ::

> 2017

– Outubro
Como os cearenses vem os cearenses nativos e forasteiros

– Setembro
Ascensão e queda de Cleto Meireles: Colmeia, Haspa e Cidade Ocidental

– Julho
Para a Forbes, o Califa Abu Bakral Bagdadi é a 57ª pessoa mais poderosa do mundo

> 2016

– Setembro
Sou brasileiro com muito orgulho e com muito amor

> 2015

– Novembro
Para a Forbes, o Califa Abu Bakral Bagdadi é a 57ª pessoa mais poderosa do mundo

– Outubro
Um cavaleiro andante que caminhou entre aforismos e citações

– Setembro
Por uma claraboia no meio do Salão Nobre do Palácio da Abolição

– Agosto
As cem edições do Jornal da Gíria. Um marco no mundo gírio

> 2014

– Setembro
Acopiara : “Meton, notas de uma vida”, uma trajetória e um exemplo

– Agosto
O Ceará poderia ter tido mais um presidente: Juarez Távora

– Julho
Sou brasileiro com muito orgulho e com muito amor

– Junho
Dionísia aumentou a presença de Acopiara na Siqueira Gurgel

– Maio
Estão querendo Revogar a lei do morro: não sei, não vi, não conheço

– Abril
Faça como o velho marinheiro...

– Março
Tereza Aragão Serra, uma lenda quase esquecida em Tauá

– Fevereiro
José de Alencar e a língua portuguesa

– Janeiro
Moreira de Acopiara - o poeta popular de Diadema/SP

 

> 2013

– Dezembro
A presença dos Cearenses na população de Brasília

– Novembro
O cearense que escolheu o local para implantação de Brasília

– Outubro
Acopiara – Tia Nenem uma guerreira entre os Guilherme

– Agosto
As citações que marcam o cotidiano de Osvaldo Quinsan

– Julho
O último apito do trem que passava por Acopiara

– Junho
Dionísia aumentou a presença de Acopiara na Siqueira Gurgel

– Maio
Estão querendo Revogar a lei do morro: não sei, não vi, não conheço

– Abril
Faça como o velho marinheiro...

– Março
Tereza Aragão Serra, uma lenda quase esquecida em Tauá

– Fevereiro
José de Alencar e a língua portuguesa

– Janeiro
Moreira de Acopiara - o poeta popular de Diadema/SP

> 2012

–Dezembro
O acopiarense Vicente dos dez mares e oceanos

–Novembro
A presença de marranos e ciganos no Ceará

–Outubro
No modo de dizer dos italianos, as raízes de expressões brasileiras

–Setembro
Nobreza Cearense: Barões e viscondes não assinalados

–Agosto
A linguagem de Paco, regional e universal

–Julho
As armas e os barões assinalados

–Junho
Acopiara - Eita Brazilzão sem porteira

–Maio
Acopiara - Nertan Holanda Gurgel. Auto retrato de um homem simples

–Abril
José Alves de Oliveira: “árvore velha não se muda”

– Março
A gíria presente na obra de Eça de Queiroz II

– Fevereiro
Miguel Galdino - uma vida pelas justas causas

– Janeiro
História do Ceará de todos nós, presentes e ausentes

> 2011

– Dezembro
A gíria ou o calão presente na obra de Eça de Queiroz

– Novembro
A gíria ou o calão presente na obra de Eça de Queiroz
– Setembro
Como o Ceará libertou seus 30 mil escravos
– Agosto
Manoel Edmilson Teixeira um homem simples e de bem
– Julho
Acopiara - Apelidos e o que não falta
– Junho
Acopiara -Zé Marques Filho, uma referencia de respeito
– Maio
Os cearenses do Rio de Janeiro
– Janeiro
Acopiara - não é só mineiro que é desconfiado

> 2010

– Dezembro
Acopiara – os brasileiros reclamam de que mesmo?
–Novembro
Marcas da presença do Ceará na Guerra do Paraguai
– Outubro
Como o Brasil começou a fabricar seu papel moeda
– Junho
Um cearense acima de qualquer suspeita
– Maio
Acopiara – O centenário de Alcebíades da Silva Jacome
– Abril
Acopiara e o Seminário do Crato
– Fevereiro
A queda de braço entre o Presidente Castello Branco e seu irmão Lauro

> 2009

– Dezembro
Os desencontros entre José de Alencar e dom Pedro II
– Novembro
Tem uma Teresa que foi a 1ª. mulher cearense a ser delegada da mulher em Brasília
– Outubro
Acopiara - Dom Newton 60 anos de padre, 30 anos de bispo
– Agosto
Acopiara - O passado é um pais estrangeiro
– Julho
Futebol cearense atravessa mau momento
– Junho
Acopiara – O Estrago da Crise Global
–Maio
Meu avô – Henrique Gurgel do Amaral Valente II
–Abril
Acopiara - Reverência aos nossos heróis anônimos
– Fevereiro
Acopiara vista à distancia, em cruzeiro
– Janeiro
Chico Sobrinho o líder do clã que fará 20 anos de poder em Acopiara

> 2008

– Dezembro
- Acopiara comemorou cinco centenários em 2008
– Novembro
- Acopiara – os 50 anos do padre Crisares.
– Outubro
-Acopiara – como nos despedimos dos que se foram
– Setembro
-Acopiara – Mazinho e Erosimar, os empreendedores
– Agosto
-Acopiara – Ezequiel partiu e deixou saudade
– Julho
- Acopiara - Meu avô, Henrique Gurgel do Amaral Valente
– Junho
- As mães que povoaram Acopiar
– Maio
- Chico Guilherme, a hora e a vez do Coronel




:: Veja Também ::

Blog do Ayrton Rocha
Blog do Edmilson Caminha
Blog do Presidente
Humor Negro & Branco Humor
Fernando Gurgel Filho
JB Serra e Gurgel
José Colombo de Souza Filho
José Jezer de Oliveira
Luciano Barreira
Lustosa da Costa
Regina Stella
Wilson Ibiapina
















SGAN Quadra 910 Conjunto F Asa Norte | Brasília-DF | CEP 70.790-100 | Fone: 3533-3800 | Whatsapp 61 995643484
E-mail: casadoceara@casadoceara.org.br
- Copyright@ - 2006/2007 - CASA DO CEARÁ EM BRASÍLIA -