Bom dia, sexta-Feira, 19 de Abril de 2024
Casa do Ceará

Imprima




Ouça aqui o Hino do Estado do Ceará



Instituições Parceiras


































:: Jornal Ceará em Brasília


::Odontoclínica
Untitled Document

Agosto 2015

As “Meninas” de Aquiraz, Ceará

Em Aquiraz, região metropolitana de Fortaleza, a cafetina Tarcília Bezerra começou a construção de um anexo do seu cabaré, a fim de aumentar suas “atividades”, em constante crescimento.

Em reação contrária ao “empreendimento”, a igreja neopentecostal da localidade iniciou uma forte campanha para bloquear a expansão. Fez sessões de oração, em seu templo, de manhã, à tarde e à noite.

Porém, o trabalho da construção progrediu até uma semana antes da reabertura, quando um raio atingiu o cabaré de Tarcilia, queimando instalações elétricas e provocando um incêndio que destruiu tudo.

Tarcília processou a igreja, o pastor e toda a congregação, com o fundamento de que a Igreja “foi a responsável pelo fim de seu prédio e seu de negócio, seja através de intervenção divina, direta ou indireta, ações ou meios.” E o certo é que lhe causou enormes prejuízos, que são objeto de indenização.

Na sua defesa à ação, a igreja negou veementemente toda e qualquer responsabilidade ou ligação com o fim do cabaré, inclusive pela falta de prova da intervenção divina e das orações dos pastores.

O juiz, veterano, leu a reclamação da autora Tarcília e a resposta dos réus que são o templo e os pastores. E na audiência de abertura, comentou: “Não sei como vou decidir neste caso, pois pelo que li até agora tem-se, de um lado, uma proprietária de puteiro que acredita firmemente no poder das orações e do outro lado uma igreja inteira que afirma que as orações não valem nada“.

O rio da minha aldeia

Wilson Ibiapina Em Ibiapina nasce o rio Jaburu que, em Ubajara, abastece o açude que tem seu nome e mata a sede da cidade. Na minha infância, em Ibiapina, nos anos 50, a população tomava banho, sem roupa, no Jaburu. As casas não tinham banheiros. Em época do frio, julho, as pessoas, em casa, usavam uma bacia com água para o asseio diário. Hoje virou piada, mas era normal, à noite, a mulher perguntar ao marido: - Bem, vai me usar hoje?

- Não.

- Então, vou lavar só os pés.

O Jaburu tem uma cachoeira, que era onde os homens tomavam banho. A água corria sobre um lajedo cheio de lodo. Era o escorrega usado pelos meninos. O rio fazia uma pequena curva e caia num poço , meio escondido pelas árvores. Era o Curumim, lugar do banho das mulheres. Nem calção nem biquini, todos nus. Hoje, construíram um balneário perto da cachoeira. As pessoas, que se vestem para o banho coletivo, são vistas de uma ponte da rodovia que liga as cidades da serra. Ibiapina , agora, está bem perto das duas nascentes do Jaburu. As margens estão desmatadas. Além de casas, tem plantações que estão secando o rio, que perdeu todo seu charme. Ao lembrar o Jaburu, me vem à mente o poema que Fernando Pessoa assinou como Alberto Caeiro, seu heterônimo: “O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia/ Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia/ Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia”...”

O rio da minha aldeia, o Jaburu, como o do poema, não faz pensar em nada. O rio da aldeia de Pessoa virou canção de Tom Jobim.

(*) Wilson Ibiapina (Ibiapina), jornalista, diretor do grupo Verdes Mares, em Brasília

Untitled Document

Wilson Ibiapina
Jornalista

                                            


:: Outras edições ::

> 2017

– Outubro
Cearês

– Setembro
Um cearense longe de casa:Debaixo de chuva, frio e neve

> 2015

– Novembro
Capado, mas muito macho

– Outubro
Capado, mas muito macho

– Setembro
Os chefes cearenses

– Agosto
Morreu Orlando Orfei Os Circos que alegraram nossas vidas

> 2014

– Setembro
Carlos Augusto, Ava Gardner e Fernando César

– Agosto
A praça é do povo como o céu é do Condor

– Julho
Rui Diniz, um português bem brasileiro

– Junho
Lembrando Tarcísio Tavares

– Maio
Os Paraquedistas da Política

– Abril
Zé Tatá, esse era macho

– Março
A cidade de Ibiapina está sendo tombada

– Fevereiro
O Adeus a Flávio Parente

– Janeiro
Gente que nunca morreu nem tem inveja de quem morre

> 2013

– Dezembro
O Lançamento do livro do Bartô em ritmo de Facebook

– Novembro
Você ainda tem vergonha de pedir uma cachaça?

– Outubro
Ivanildo Sax de Ouro

– Agosto
A Imprensa nossa de cada dia

– Julho
No Ceará é Assim

– Junho
Lembrando Tarcísio Tavares

– Maio
Os Paraquedistas da Política

– Abril
Zé Tatá, esse era macho

– Março
A cidade de Ibiapina está sendo tombada

– Fevereiro
O Adeus a Flávio Parente

– Janeiro
Gente que nunca morreu nem tem inveja de quem morre

> 2012

– Dezembro
-Oscar Niemeyer, o Amigo solidário que tinha medo da morte

– Novembro
-O uso do chapéu por cearenses A Elegancia do Chapéu

– Novembro
-Um paraibano que amava Sobral

– Outubro
-Operário da Justiça

– Setembro
-No Ceará é assim

– Agosto
-Ava Gardner e o cantor cearense Carlos Augusto

– Agosto
-Velha República: O presidente que exibiu o corta jaca no Catete

– Julho
- Pulando a cerca

– Junho
- Lúcio Paco Brasileiro no Espaço e no Tempo

– Maio
- As “MENINAS” de Brasília
- Um cearense na guerra

– Abril
- As “MENINAS” de Brasília

– Março
- Os Chefs Cearenses

– Fevereiro
- O melhor Rei Momo do Ceará

– Janeiro
- Vamos exibir nossa cultura, sem vergonha

> 2011

– Novembro
- Ubajara que o tempo levou
– Setembro
- Pega Pinto: uma bebida que refrescava os fortalezense
– Agosto
- Pra onde vamos?
– Julho
- Julho em Ubajara
– Junho
- História do Ceará
– Junho
- Pise no chão devagar
– Maio
- O inventor de talentos que alegrava a cidade
– Maio
- Jornalista, que profissão!
– Abril
- O balão que iluminou Fortaleza
– Março
- O defensor da Natureza
– Fevereiro
- Quando se vê, não tem mais tempo
– Janeiro
- Vaidade que mata

> 2010

– Dezembro
- O Ano Novo e suas ameaças
– Novembro
- Os jardineiros de Brasília
– Outubro
- Quando se vê, não tem mais tempo
– Setembro
- Vamos comer farinha
–Agosto
- Cearense anônimo, mas nem tanto
– Julho
- Vamos Repensar o DF
– Junho
- Cearense anônimo, mas nem tanto
– Junho
- A morte do Augusto Pontes, o homem que brincava com as palavras. Foi-se o guru.
– Maio
- O Tempo do Rádio
– Abril
- Fortaleza: bela e amada cidade
– Março
- Um recanto dentro da noite
– Fevereiro
- Vale cultura
– Janeiro
- A última do Português

> 2009

– Dezembro
- Um presente para Fernando
– Novembro
- Da caserna para o livro
– Outubro
- Falta Garçon
– Setembro
- Cidade sem cara
– Agosto
- De quem é a floresta amazônica?
– Julho
- Memórias de Tarcísio – O Repórter
– Junho
- Esperança negra
- Apagando a cidade
- Novo Dinheiro
– Maio
- No escurinho do cinema


:: Veja Também ::

Blog do Ayrton Rocha
Blog do Edmilson Caminha
Blog do Presidente
Humor Negro & Branco Humor
Fernando Gurgel Filho
JB Serra e Gurgel
José Colombo de Souza Filho
José Jezer de Oliveira
Luciano Barreira
Lustosa da Costa
Regina Stella
Wilson Ibiapina
















SGAN Quadra 910 Conjunto F Asa Norte | Brasília-DF | CEP 70.790-100 | Fone: 3533-3800 | Whatsapp 61 995643484
E-mail: casadoceara@casadoceara.org.br
- Copyright@ - 2006/2007 - CASA DO CEARÁ EM BRASÍLIA -