AFONSO LOPES (Fortaleza CE 1918 - 2000)
Desenhista e pintor, ingressou na Sociedade Cearense de Artes Plásticas
- SCAP na segunda metade da década de 40. A partir de 1946, iniciou sua
participação no Salão de Abril, fazendo jus a Menção
Honrosa nesse mesmo ano, no ano seguinte (1947) e a Medalha de Bronze
em 1949. Em 1967, 1969, 1978 e 1990 fez-se também presente ao Salão
Municipal de Abril, merecendo Sala Especial em 1978 e participando da
Mostra Paralela em 1990. Até a sua morte no ano de 2000, Afonso Lopes
participou de mais de 50 exposições individuais e coletivas no Ceará e
em outras cidades do País, destacando-se algumas mostras em Recife (PE)
e as individuais realizadas no Othon Palace Hotel (Fortaleza - CE 1986)
e no Caesar Park Hotel (Fortaleza - CE 2000). O universo pictórico de
Afonso Lopes retrata, numa linguagem impressionista, cenas urbanas e rurais
do cotidiano do povo, como feiras de interior, fundos de quintal, vaqueiros,
lavadeiras e outros elementos e motivos extraídos da cultura popular.
É verbete no "Dicionário das Artes Plásticas no Brasil", de
Roberto Pontual.
ALDEMIR MARTINS (Ingazeiras - CE 1922 - São Paulo - SP 2006)
Desenhista, pintor, ceramista e ilustrador. Participa, a partir de 1942,
do Centro Cultural de Belas Artes, criado em 1941 em fortaleza (CE), e
ajuda a fundar em 1944, a Sociedade Cearense de Artes Plásticas - SCAP.
Em 1945 transfere-se para o Rio de Janeiro (RJ) e logo no ano seguinte
para São Paulo, onde residiu até falecer. Excepcional desenhista,
Aldemir Martins logo se destaca no cenário das artes plásticas de São
Paulo (SP), participando das seis primeiras Bienais internacionais e sendo
premiado em 1951, 1953, 1955 (melhor desenhista nacional, juntamente com
Carybé) e 1957, além de merecer Sala Especial em 1961. Obteve Prêmio
de Viagem ao País em 1957 e Prêmio de viagem ao Exterior em 1959,
todos na categoria de desenho, além de outros em laurel a premiação
obtida em 1956 na XXVIII Bienal Internacional de Veneza (Prêmio
de Desenho), a época, incontestavelmente, a mais importante mostra de
arte do mundo. Expôs individualmente mais de uma centena de vezes em galerias
e museus do Brasil e exterior. A partir de 1970, Aldemir Martins reinicia
sua incursão na pintura, relegada após os primeiros anos de carreira,
sendo esta, ultimamente, sua forma preferida de expressao artística, na
qual trabalha com um colorido forte e vibrante, retratando a sua temática,
frutas, flores, gatos, marinhas, cangaceiros e rendeiras, principalmente.
É verbete em todos os dicionários de pintura brasileira.
BARRICA
Clidenor Capibaribe (Juazeiro do Norte - CE 1908 - Fortaleza - CE 1993)
Desenhista,
pintor e ceramista, iniciou-se nas artes plásticas em 1923, recebendo
posteriormente aulas de pintura de Gérson Faria. Expôs individualmente
pela primeira vez somente em 1935, no Gabinete Portugues de Leitura, em
Recife (PE), voltando no mesmo ano a expor no Salão dos Hoteleiros,
também em Recife. Em 1941 Barrica esteve entre os fundadores do Centro
Cultural de Belas Artes - CCBA e em 1944 entre os fundadores da Sociedade
Cearense de Artes Plásticas - SCAP. Em 1946, 1947, 1948, 1950, 1951, 1953
e 1958, participa do Salao de Abril, em Fortaleza, fazendo jus a Menção
Honrosa em 1951 e 1953. Expôs individualmente mais de uma centena de vezes,
destacando-se as mostras realizadas em 1947 no instituto do Ceará, em
1948 no Instituto Brasil-Estados Unidos, em 1949 no antigo museu da Universidade
Federal do Ceará, em 1963 e 1982 no Museu de Arte da UFC - MAUC e em 1967
na inauguraçao do Centro de Artes Visuais Casa de Raimundo Cela, todas
em Fortaleza (CE), e em 1957 na Galeria Montmarte, em 1958, 1959 e 1960
na Galeria Copacabana Arte, em 1966 na Galeria Gead, com apresentaçao
de Austregésio de Athaide, todas no Rio de Janeiro (RJ), em 1971 na Galeria
Coleccio e em 1981 na Galeria Renot ambas em Sao Paulo (SP), e em 1984
no Estado de Michigan - EUA. Foi homenageado em 1985 pelo Grupo Édson
Queiroz com o destaque "Sereia de Ouro", pelos levados serviços
prestados a cultura do Ceará. É verbete no "Dicionário das Artes
Plásticas no Brasil", de Roberto Pontual, e no "Dicionário Crítico
da Pintura no Brasil", de José Roberto Teixeira Leite, dentre outros.
CHICO DA SILVA
Francisco Domingos da Silva (Alto Tejo - AC 1922 - Fortaleza - CE 1985)
Iniciou na pintura de 1937, utilizando como suporte os muros calados das
casas de pescadores na antiga Praia Formosa, em Fortaleza (CE). No início
da década de 40, o pintor e crítico de arte suíço-frances Jean Pierre
Chablaz, recém-chegado a Fortaleza, trava contato com Chico da Silva e
fornece-lhe cartolinas e tinta guache para pintar. A partir daí apoiado
pelo mecenato de Chablaz, Chico da Silva participa do I Salao do Abril,
em Fortaleza (CE), em 1945, na Galeria Pour I'Art em Lausanne - Suíça,
em 1950, e no Museu Etnográfico de Neuchâtel, também na Suíça, em 1956.
A arte de Chico da Silva corre mundo, a ponto de merecer da prestigiosa
revistas francesa Cahiers d'Art artigo entusiástico, sob o título "Índio
Brasileiro Reinventa a Pintura". Com o retorno de Chablaz a Europa,
Chico da Silva pára de pintar, somente retornando a atividade no início
da década de 60, pois contratado fora para executar quarenta guaches para
o acervo do Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará - MAUC. Com
o passar dos anos, Chico da Silva consagra-se como um dos maiores pintores
primitivos brasileiros. Em 1966, conquista Menção Honrosa na XXXIII
Bienal Internacional de Veneza. Nessa época Chico da Silva cria em sua
casa atelie coletivo, incentivando meia dezena de artistas a pintar como
ele e comercializando estas obras como se de sua própria autoria fossem,
e isso redundou numa verdadeira "fábrica de quadros 'made in' Chico
da Silva", nas palavras de seu descobridor Jean Pierre Chablaz. Morre
pobre e alquebrado em decorrência de várias doênças. É verbete
nos mais importantes dicionários de artes plásticas do País.
JOSÉ FERNANDES (Fortaleza
- CE 1928)
Desenhista e pintor, iniciou-se nas artes plásticas ainda
jovem, desenhando nas calçadas do bairro onde residia em Fortaleza
(CE). Conduzido ao atelie de Raimundo Cela, recebeu por algum
tempo orientaçao artística do mestre, especialmente em desenho.
Com o retorno de Cela ao Rio de Janeiro (RJ), foi apresentado
por Jean Pierre Chabloz a diversos artistas plásticos já iniciados
nos movimentos de renovaçao da arte cearense ocorridas no
início da década de 40, com os adventos do Centro Cultural
de Belas Artes - CCBA em 1941 e da Sociedade Cearense de Artes
Plásticas - SCAP em 1944. Começou a participar das diversas
ediçoes anuais do Salao de Abril, a partir de 1953 e até 1990,
fazendo jus a Medalha de Ouro no XI Salao, em 1955, e a Salas
Especiais nos XXV, XXVIII e XXIX Saloes Municipais de Abril,
em 1975, 1978 e 1979, figurando também na mostra paralela
aso XL e XLI Saloes Municipais de Abril, ambos realizados
em 1990. Participou ainda das mostras "A Paisagem Cearense"
no Museu de Artes da UFC (Fortaleza - CE 1963). “Quinze Artistas
Cearenses” (Crato - CE 1966) e das Exposiçao inaugural do
Centro de Artes Visuais Casa de Raimundo Cela (Fortaleza -
CE 1967). Realizou, também, mais de uma dezena de exposiçoes
individuais, a partir de 1948, em Fortaleza (CE), Recife (PE)
e Brasília (DF), afora uma retrospectiva no Museu de Arte
da UFC - MAUC na década de 70. É verbete no Dicionário das
Artes Plásticas no Brasil" , de Roberto Pontual.
NICE
Maria do Carmo Firmeza (Aracati
- CE 1921)
Ingressou na Sociedade Cearense de Artes Plásticas - SCAP
em 1950, como aluna do Curso Livre do Desenho e Pintura e
de Iniciaçao a História da Arte. A partir de 1951 expoe em
dezenas de mostras coletivas e individuais realizadas no Brasil
e no Exterior, destacando-se VII/XIV, XVIII/XXI e XXVIII Saloes
de Abril (Fortaleza – CE 1951/1958, 1968/1971 e 1978, fazendo
a mençao Honrosa em 1958, em 1964 e participando de Sala Especial
em 1978), II Salao dos Novos (Fortaleza – CE 1952 – 1o Premio),
1a Mostra de Arte de Vanguarda (Fortaleza – CE 1960), Mostra
de Inauguraçao do Museu de Arte da UFC – MAUC (Fortaleza -
CE 1961), “ A Paisagem Cearense” (Fortaleza – CE 1963), Mostra
Inaugural do Centro de Artes Visuais Casa de Raimundo Cela
(Fortaleza CE 1967), “Estrigas e Nice no MAUC – UFC” (Fortaleza
– CE 1971), “Brasil Naif” na Maison des Cultures du Monde
e 3éme Salom International d´Art Naif, na Galerie Nesles (Paris
– França 1986), dentre outras. Individualmente, realizou retrospectiva
na Casa de Cultura Palácio da Luz (Fortaleza - CE 1975), mostra
de pinturas no Museu de Arte da UFC – MAUC (Fortaleza – CE
1991) e na Maison de France (Sao Paulo – SP 1993), dentre
outras. É verbete no “Dicionário das Artes Plásticas no Brasil”,
de Robson Pontual.
RAIMUNDO
CELA (Sobral - CE 1890 - Niterói - RJ 1954)
Transfere-se para o Rio de Janeiro (RJ) em 1910, onde passa
a freqüentar o curso livre de pintura na antiga Escola Nacional
de Belas Artes, sendo aluno de Zeferino da Costa, Elizeu Visconti
e Batista da Costa, dentre outros. No ano seguinte, ingressa
na Escola Politécnica do Rio de Janeiro (RJ), graduando-se
após 3 anos como Engenheiro-Geográfo. Em 1916 concorre ao
Salao Nacional de Belas Artes – RJ, conquistando a Pequena
Medalha de Prata. Logo no ano seguinte, em 1917, obtém no
mesmo certame o premio de Viagem ao Exterior. Com bolsa do
Governo Brasileiro, viaja para a Europa e ali permanece por
2 anos, principalmente em Paris. Em 1922, realiza exposiçao
individual no “Salon des Artistes Français”. No mesmo ano,
estuda gravura em metal com o mestre ingles Frank Brangwy.
Retorna ao Brasil em 1923, permanecendo até o ano de 1937
em Camocim (CE) dedicando-se nesse período a pintura e a gravura.
Em 1939 transfere-se para o Rio de Janeiro (RJ), passando
a lecionar a cadeira de Gravura em Metal na Escola Nacional
de Belas Artes. Retomando a Fortaleza em 1941, realiza individual
em 1942 e executa, sob encomenda o mural “Cela Larga” ainda
hoje exposto no refeitório dos Oficiais da Base Aérea em Fortaleza
(CE). No ano seguinte, participa do I Salao de Abril, em Fortaleza
(CE), e obtém a Pequena Medalha de Ouro no Salao Paulista
de Belas Artes. Em 1945 realiza individual no Museu Nacional
de Belas e em 1947 no Palácio da Cultura do Rio de Janeiro,
fazendo jus, nesse mesmo ao, as medalhas de Ouro em pintura
e em gravura no Salao Nacional de Belas Artes. Em 1954, participa
da exposiçao “A Europa na Arte Brasileira”, com 5 águas-fortes.
Após sua morte, em 1954, mereceu exposiçoes retrospectivas
em 1960, no Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro
– RJ, 1961, no Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará
– MAUC, com desenhos e gravuras, em 1988, na Galeria Multiarte,
em Fortaleza (CE), com pinturas e gravuras, em 1990, novamente
no MAUC, em comemoraçao ao centário de seu nascimento, e,
em 1993, no Palácio da Aboliçao, em Fortaleza (CE), dentre
outras. A obra de Raimundo Cela possui um desenho expressivo,
correto e um colorido aproximado da realidade, consagrando
motivos e tipos regionais cearenses como beiras de praia,
jangadeiros etc, nada se igualando, porém, a sua "performance"
como aquarelista e, principalmente, como gravador em metal,
técnica no qual desponta como um dos melhores do País.
SINHÁ
D'AMORA
Federalina Correa de Amora Maciel (Lavras da Mangabeira -
CE 1906 - Rio de Janeiro - RJ 2002)
Pintora. Transferindo-se par o Rio de Janeiro (RJ), estudou
no curso livre da Escola Nacional de Belas Artes de 1933 a
19387, desenvolvendo em 1949 estudos na Academia de Belas
Artes em Florença, e em 1967 na “Academie de La Grande Chaumiére”
em Paris. Participou de dezenas de exposiçoes no Brasil e
em cidades do exterior, destacando-se as seguintes mostras
individuais: Salao Nobre do Palace Hotel (Rio de Janeiro –
RJ 1942 e 1947). Galeria do Edifício Mariana (Belo Horizonte
– MG 1944)”Hall” de Assembléia Legislativa do Ceará (Fortaleza
– CE 1946), Salao Assírio do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro
– RJ 1950), retrospectiva no Palácio da Aboliçao (Fortaleza
– CE 1991) e retrospectiva de Inauguraçao do Memorial Sinhá
D´Amora (Fortaleza – CE). Coletivamente, participou das mostras
Contemporany Brazilian Paintings (África do Sul 1948), Galeria
do Comércio (Rio de Janeiro – RJ 1948), Salao da Marinha (Rio
de Janeiro – RJ 1948), Museu Municipal de Valparaiso (Valparaiso
– Chile 1969), Salao da Academia Valenciana de Belas Artes
(Valença – RJ 1969), Salao da Academia Brasileira de Belas
Artes (Rio de Janeiro – RJ 1970) e Salao Oficial Municipal
da Sociedade de Belas Artes Antônio Parreiras (Juiz de Fora
– MG 1971). Dentre as várias premiaçoes as quais fez jus,
destacam-se: Medalha de Prata no Salao Metropolitano e Medalha
de Ouro no Salao de Maio da Sociedade Brasileira de Belas
Artes (Rio de Janeiro – RJ 1972), Medalha de Prata no Salao
Paulista de Belas Artes (Sao Paulo – SP 1973), Medalha Leonardo
da Vinci Academia Brasileira de Belas Artes (Rio de Janeiro
– RJ 1976), Medalha José de Alencar do Governo do Ceará (Fortaleza
– CE 1977) e Troféu Sereia de Ouro do Grupo Édson Queiroz
(Fortaleza – CE 1992). É citada nos livros “A Funçao do Inconsciente
nas Artes Plásticas”, de H. Pereira da Silva, no “Dicionário
de Artes Plásticas do MEC”, de Carlos Cavalcante, e na “Pintura
Brasileira Contemporânea” de Joao Medeiros, dentre outros.
ZÉ
PINTO (Fortaleza - CE 1925)
Escultor. Iniciou-se nas artes plásticas somente aos cinqüenta
anos, em 1975 criando composiçao a partir de soldagem entre
si de peças de sucata, resultando daí figuras humanas ou animais
de grande singularidade. Sao palhaços, “Carlitos”, Cangaceiro,
dançarinos Ferreiros, etc, enfim, uma variedade de tipos humanos
de animais do diversos sempre representados de forma criativa
e bem humorada. Com essas criaçoes participou de várias mostras
coletivas e individuais obtendo premiaçoes nos XXVIII, XXXI,
XXXIV e XXXV Saloes Municipais de Abril (Fortaleza – CE 1978,
1981, 1984 e 1985) e no Salao Nacional de Artes Plásticas
do Ceará (Fortaleza – CE 1979) várias esculturas de grandes
dimensoes permaneceram expostas na década de 80 e 90 em via
pública, na Av. Bezerra de Menezes, defronte ao atelie do
Artista, em Fortaleza (CE) outras de suas obras compoe o acervo
do Espaço Cultural do Banco do Nordeste, do Museu de Artes
da UFC (MAUC) do Centro Cultural Oboé e de outros públicos
e privados na capital cearense, entre os quais o da Sede da
Ordem dos Advogados do Brasil – OAB, Seçao do Ceará.
J.
Pinheiro
José Francisco Pinheiro de Sousa (Fortaleza - CE 1953)
Pintor
e escristor. Iniciou-se nas artes plásticas no final da década
de 60, participando, dentre outras, das seguintes e principais
coletivas: 4° Salao dos Novos (Fortaleza- CE 1971), XXII,
XXIII e XXIV Saloes Municipais de Abril (Fortaleza - CE 1972/1976),Brasil
Plástica 72 (Sao Paulo - SP 1972), XII Bienla Internacional
de Sao Paulo (Sao Paulo - SP 1973), 4o Salao de Artes Plásticas
do Ceará (Fortaleza - CE 1973), Bienal Nacional (Fortaleza
- CE 1974), Brasil Plástica 74 (Fortaleza - CE 1974) e Coletiva
de Inauguraçao da Casa de Cultura Raimundo Cela (Fortaleza
- CE 1975). Fez jus ao Premio de Aquisiçao no XXIII Salao
Municipal de Abril (Fortaleza - CE 1973) e ao Premio Aboliçao
nop XXVI Salao Municipal de Abril (Fortaleza - CE 1976). Individualmente,
expôs no Ideal Clube (Fortaleza - CE 1976, 1982 e 1984), no
Tribunal do Trabalho da 7o Regiao(Fortaleza- CE 1989) e na
Galeria Assefaz (Fortaleza - CE 1991), dentre outros. Participou,
ainda, da coletiva ARTE DO CEARÁ - 1o Exposiçao de Férias,
no Centro Cultural Oboé (Fortaleza - CE 2002).
Heloysa
Juaçaba (Guaramiranga-CE 1926)
Pintora. Iniciou nas Artes Plásticas no curso livre de desenho
e pintura da Sociedade cearense de Artes Plásticas - SCAP
e expôs pela primeira vez no I Salao do Novos em 1952. e premiada
no IX, XVII e XXII Saloes Municipais de Abril (Fortaleza -
CE 1953, 1967 e 1972), merecendeo Sala Especial em 1975. Em
1956, participa de curso livre de pintura e desenho no Museu
de Arte de Louisinha, em Nova Orleans - EUA. Participou da
mostra inaugural do Museu de Arte da UFC - MAUC (Fortaleza
- CE 1961), da Exposiçao inaugural Centro de Artes visuais
Casa de Raimundo Cela (Fortaleza - CE 1967) e da Bienal Nacional
de Sao Paulo - SP em 1974. Realizou dezenas de exposiçoes
individuais em Fortaleza (CE) e em outras cidades do País,
na Galeria Ignez Fiúza, na Arte Galeria e no Centro Cultural
Oboé, dentre outras, e na coletiva ARTE DO CEARÁ - 1o Exposiçao
de Ferias Oboé, no Centro Cultural Oboé, em 2002. Desenvolveu
consideráveis atividades culturais e administrativas: Diretora
do Departamento Municipal de Cultura, membro do Conselho Estadual
de Cultura, Diretora do Centro de Artes Visuais Casa de Raimundo
Cela e organizadora das pinacotecas do Palácio da Aboliçao
e do Paço Municipal, em Fortaleza (CE), em 1972 e 1974, respectivamente.
Doou mais de oitocentas peças de sua coleçao particular para
o Museu de Arte e Cultura Popular, em Fortaleza (CE), e participou,
em diversas ocacioes, de juris de exposiçoes e saloes de arte,
sendo alvo de diversas homenagens de reconhecimento ao trabalho
desenvolvido nosetro artístico do Estado do Ceará, principalmente
na década de 60. É citada no "Diconário das Artes Plásticas
no Brasil", de Roberto Pontual, e no "Dicionário
Crítico da Pintura no Brasil", de José Roberto Teixeira
Leite, dentre outros.
Sergio Pinheiro (Jaguaribe - CE 1949)
Iniciou
nas artes plásticas no final da década de 60, com aprendizagem
de mútiplas pintura técnicas pelas maos de Zenon Barreto.
em 1970, viaja para o Rio de Janeiro e durante um ano estuda
Comunicaçao Visual no Museu de Arte Moderna daquela cidade,
tendo como mestres. dentre outros, Aloísio Carvao e Frederico
de Morais. De 1979 a 1981 estuda Artes Plásticas na Universidade
de Paris, como bolsista do Governo Frances, e sob a direçao
do professor Frank Popper obtém o diploma de Mestre em Artes
Plásticas. Entre 1987 e 1991 reside na Inglaterra, sempre
exercendo a atividade de artista plástico. Dentre as principais
amostra das quais participou destacam-se o Ie II Saloes Nacionais
de Artes Plásticas do Ceará e vários Saloes Municipais de
Abril, em Fortaleza (CE), a partir de 1967, sendo premiado
nesse certameem 1996. Entre 1979 e 1981, participa do Salao
dos Independentes, da mostra "Artistas Latino-Americanos"
no Grand-Palais em Paris e expoe individualmente em versailles
na Agencia local do Banco Credit Lyonnais. Em 1989, durante
sua estada na Inglaterra, expôe inividualmente na Universidade
de Durham um conjunto de relevos denominados Victory, Victory.
Em 1992 participa com artistas de diversos países, incluindo
o também brasileiro Arthur Luiz Piza, na Galeria Denise René,
em Paris, da monstra "ART CONSTRUIT - TENDANCES",
também participando no mesmo ano da coletiva "Art Papel
Nordeste Brasil", no Espace Latin-Americain - Paris e
na Casa do Brasil, em Madri. Mereceu premiaçao no II Salao
Nacional de Artes Plásticas do Ceará, em 1968, Concursos de
Cartoes de Natal, 1981, do II Salao de Artes Plásticas do
BNB Clube, em 1985, da UNIFOR Plástica, em Fortaleza (CE)
em 1986 e da coletiva ARTE DO CEARÁ - 1o Exposiçao de Férias
Oboé,no Centro Cultural Oboé, em 2002.
DESCARTES GADELHA (Fortaleza
- CE 1943) Desenhista,
pintor e escultor. Participou de importantes mostras coletivas,
destacando-se “A Paisagem Cearense”, no "MAUC – UFC (Fortaleza
– CE 1963). “Pintores do Nordeste”, no Museu do Unhao (Salvador
– BA 1963), “Lirismo Brasileiro” (Tel-Aviv 1965), “O Circo”,
no paço das Artes (Sao Paulo – SP 1978) e “12 Artistas de
Seis Países Latino-Americanos”, na Casa do Congresso de Angostura
(Caracas – Venezuela 1982). Obteve premio no XIV Salao Municipal
de Abril (Fortaleza – CE 1964), nos I e II Saloes Nacionais
de Artes Plásticas do Ceará e no 1o Salao de Artes Plásticas
do BNB – Clube, todos em Fortaleza (CE), nos décadas de 70
e 80. Individualmente, realizou diversos exposiçoes, destacando-se
em importância: Galeria Goeldi (Rio de Janeiro – RJ 1966),
Galeria Samambaia (Sao Paulo – SP 1968), Instituto Goethe
(Salvador – BA 1974) e as expressivas mostras “Catadores do
Jangurussu”, no MAUC – UFC (Fortaleza – CE 1986), “De um Alguém
para Outro Alguém”, também no MAUC – UFC (Fortaleza – CE 1990)
e a mega-exposiçao “Cicatrizes Submersas” - com mais de 100
pinturas a óleo de média e grande dimensoes, além de esculturas,
cerâmicas, gravuras e desenhos, retratando a saga do beato
Antônio Conselheiro nos sertoes do Nordeste do Brasil e seu
epílogo em Canudos -, realizada no Palácio da Aboliçao (Fortaleza
– CE 1997) e posteriormente, em 1999, na reinauguraçao do
Museu de Arte do UFC, local onde as obras se encontram, incorporadas
ao acervo do museu por doaçao do próprio artista. Numa linguagem
expressionista, Descartes Gadelha retrata em sua obra a cultura,
a religiosidade e os problemas sociais comuns no Ceará, sua
terra natal, e ao Nordeste do Brasil.
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