Boa tarde, quinta-Feira, 21 de Novembro de 2024
Casa do Ceará

Imprima




Ouça aqui o Hino do Estado do Ceará



Instituições Parceiras


































:: Jornal Ceará em Brasília


::Odontoclínica
Untitled Document

Maio 2013

Precioso bem

Temos a vida por um fio e nem nos damos conta! A seqüência dos dias e das noite a que nos acostumamos desde que viemos a este planeta é tamanha rotina, que não pensamos em perdê-la, nunca! O amanhecer e o anoitecer nada expressam além do sol surgir no horizonte, inundar de luz a paisagem, tornar viva e forte a silhueta das cousas, e pouco depois se esconder no poente, se esgarçando em colorido vivo, no céu, em bela despedida. Um bom-dia a alguém à nossa volta, quando muito um sorriso, completando o cumprimento, e prontos estamos para a maratona que começa.

Um privilégio, a vida!A cada manhã, começando o dia, não nos passa pela idéia que somos donos de um bem imenso, que dinheiro nenhum do mundo pode comprar, fortuna nenhuma de marajá ou rei pode se igualar! Bilionários, mais que isso! Não se pode comparar a vida a um metal que se amealha nos cofres ou a papel que se guarda nos Bancos! Na preocupação insana de correr à cata de migalhas! E esquecemos de viver.

Na ilusão de que a sucessão dos dias e das noites jamais findará, estamos sempre a esperar por uma tarde de verão para usufruir da alegria, por umas férias de inverno para ser feliz, acalentando sempre uma esperança de algo no futuro que ninguem, por mais sábio, pode garantir que virá!

Esbanjadores das horas, perdulários dos dias, malbaratamos o tempo, sem perceber que flui incessantemente, de uma fonte que se esgotará para nós, irremediavelmente! E na dissipação, na tortura de possuir e ter, o dinheiro, a jóia, o carro, a viagem, não sentimos que corre por um fio, a vida, ameaçados de perdê-la, agora e já!

Cedo, rescende da cozinha o cheiro do café, delicioso, marcando o começo do dia. Depois, o som familiar da água caindo, da torneira, do chuveiro, as gavetas se abrindo e as inveteradas perguntas se alternando, _ cadê as minhas meias? _ cadê os livros que deixei aqui?_ onde estão meus óculos? _ onde deixei meu celular? E persiste a algaravia das vozes, os vultos passando, apressados, pelo corredor, pela sala, pelos quartos, na atividade corriqueira do quotidiano.Fatos da rotina, coisas simples, banais, e tão comuns mas adoráveis. Na mesa, o pão quentinho, o suco, o café, e o primeiro diálogo do que se pretende para o dia que começa._ Gente! Vamos! E uma voz mais decisiva dá o sinal da saída.

Abre-se a porta e se ganha a rua para uma nova batalha, mas voltar, quem sabe? Aqui e ali nos espreitam os imprevistos. A hora seguinte não é nossa. Imprevisível... No caminho, uma cilada, um carro, simples bicicleta, alguém furando o sinal! Quando não, um simples degrau, pisado em falso. Sem esquecer, hoje em dia, a humanidade enlouqueceu, os seqüestros relâmpagos, os assaltos à mão armada, o ladrão tão bem vestido que lhe agarra de surpresa e com o revolver ás costas, lhe empurra para o lado e lhe toma o carro! Senão, a vida!

Tudo pode se desfazer em questão de segundos!Os planos, os anseios, os projetos, E nada mais tem acolhida, agora que se avulta o mais importante, viver! E num piscar de olhos se acaba o amigo, o chefe, o pai, o avô, a pessoa querida.

Ah! a fragilidade deste corpo de barro. Tão débil o equilíbrio desta máquina, tão fácil romper os elos, e desfeita a engrenagem ser irrevogavelmente destruída Um simples golpe de ar, e o caniço pode se render ao vento e se quedar, imóvel para sempre!

Ah! a vida! Que seja vivida intensamente! Valorizada a cada instante! Num simples detalhe da paisagem, olhos para perceber o colorido do caminho, as árvores, as flores, a natureza se oferecendo, plena! Deus foi generoso e a beleza se mostra, inteira, no flamboyant florido, no gramado que se estica, preguiçoso, no jardim, a rosa fremindo no topo de sua débil haste. No pássaro que cruzou, de repente, o céu. Numa mão amiga que se aperta e se comprova solidariedade. Ah! olhar , em silêncio, nos olhos da pessoa amada, para dizer, simplesmente: _ah! como eu te amo!

(*) Regina Stella (Fortaleza), jornalista e escritora

Untitled Document

Regina Stella S. Quintas
Jornalista e Escritora
studartquintas@hotmail.com

                                            
:: Outras edições ::

> 2015

– Outubro
Camaleões à solta

–Setembro
Um instante de Solidariedade

> 2015

– Novembro
Coronel Chichio

– Outubro
Uma ponte...

– Setembro
Um verbo para o encantamento

Agosto
Há vida lá fora...

> 2014

Setembro
Seca: a tragédia se repete
Agosto
Seca: a tragédia se repete
Julho
Gente brava
Junho
Dia da Alegria
Maio
Precioso bem
Abril
Aquele velho “OSCAR”
Maro
Estórias de sertão, estórias de cangaço
Fevereiro
Recado para quem sai
Janeiro
Rota para a vida

> 2013

Dezembro
Na festa do tempo, um brinde à vida
Novembro
Em velha trova do tempo. Trinta dias tem setembro. Abril, junho, novembro...
Outubro
O Gênio e o Homem
Agosto
O Gênio e o Homem
Julho
Um presente de vida a Mandela!
Junho
Dia da Alegria
Maio
Precioso bem
Abril
Aquele velho “OSCAR”
Maro
Estórias de sertão, estórias de cangaço
Fevereiro
Recado para quem sai
Janeiro
Rota para a vida

> 2012

Dezembro
As lições de amor e ternura fazem eterno o Natal
Novembro
As luzes estão acesas
Outubro
Amarga ironia
Setembro
O trono vazio
Agosto
A última trincheira
Julho
Parece que foi ontem...
Junho
Atores de todos os tempos
Maio
Seca: a tragédia se repete
Abril
Imaginação ou realidade?
Maro
Um Século de Sabedoria
Fevereiro
Trágedia e Carnaval

> 2011

Novembro
Trilhas da vida
Setembro
Um mercenário a caminho
Agosto
Usar sem abusar
Julho
Como as aves do céu
Maio
Quem se lembra de Chernobil?
Junho
Sino, coração da aldeia...
Maio
Maio, cada vez menos Mês de Maria, está indo embora...
Abril
Bonn, Bonn
Fevereiro
Depois da festa...
Janeiro
Um brinde ao Novo Ano

> 2010

Dezembro
Nos limites de um presente,um presente sem limites
Novembro
Homem total
Outubro
Estórias de sertão, estórias de cangaço
Setembro
Um tempo que se perdeu
Agosto
Império do Medo
Julho
Acenos de Esperança
Junho
Maio, cada vez menos Mês de Maria, está indo embora...
Maio
Poema Impossível
Março
Numa tarde de verão
Fevereiro
Caminhos de ontem
Janeiro
Muros de Argila

> 2009

Dezembro
Um Brinde Vida
Novembro
A vez da vida
Outubro
Gente brava
Setembro
Gente brava
Agosto
Lição de vida no diálogo dos bilros
Julho
Camalees solta
Junho
Síndrome de papel carbono
Maio
Um tempo que se perdeu


:: Veja Também ::

Blog do Ayrton Rocha
Blog do Edmilson Caminha
Blog do Presidente
Humor Negro & Branco Humor
Fernando Gurgel Filho
JB Serra e Gurgel
José Colombo de Souza Filho
José Jezer de Oliveira
Luciano Barreira
Lustosa da Costa
Regina Stella
Wilson Ibiapina
















SGAN Quadra 910 Conjunto F Asa Norte | Brasília-DF | CEP 70.790-100 | Fone: 3533-3800 | Whatsapp 61 995643484
E-mail: casadoceara@casadoceara.org.br
- Copyright@ - 2006/2007 - CASA DO CEARÁ EM BRASÍLIA -