Boa tarde, quinta-Feira, 21 de Novembro de 2024
Casa do Ceará

Imprima




Ouça aqui o Hino do Estado do Ceará



Instituições Parceiras


































:: Jornal Ceará em Brasília


::Odontoclínica
Untitled Document

Agosto 2013

O Gênio e o Homem

Vendo e ouvindo falar em Einstein nos meus tempos de universidade, eu o julgava tão só como o extraordinário cientista da Relatividade, um homem cercado de números e equações, uma ilha de genialidade mudando toda a concepção do Universo. Mais parecendo um profeta, os longos cabelos brancos, desgrenhado, profundo o olhar, direto, inquiridor, ele era tão só gênio, privilegiada inteligência a perscrutar o segredo, o mistério do cosmos.

Afirmando que as descobertas de Galileu e Newton eram válidas apenas para pequenas velocidades, o espaço, curvo e finito, a menor distância entre dois pontos , uma curva e não uma reta, a luz como corpúsculos de massa que percorrem o espaço em gigantesca velocidade, ah! era demais para uma simples estudante, esticando a inteligência e procurando entender!

Einstein me parecia o ser altamente dotado que extrapolava o pensamento de qualquer mortal, e o seu universo era um fantástico espaço pululado de pequeninos sois e pequeninas estrelas, infinitésimos corpos e infinitésimas massas guardando entre si uma relação inteiramente diversa da que era visualizada pelos cientistas que lhe antecederam ou pelos demais homens1

Por acaso, ao entrar numa livraria para procurar um livro de Morris West, escritor inglês que eu adorava, lá estava Einstein, a espicaçar a minha curiosidade, na maneira só sua de ver o mundo. Decidi conhecê-lo sob um outro ângulo, e foi fascinante a descoberta.

Vi um Einstein igual a qualquer mortal, sofrido, angustiado. Buscando, questionando a vida, o homem, a sua presença neste planeta .E a refletir sobre a origem e o fim, o sentido da vida, e que força, que essência, que ser, paira acima da limitação humana e supervisiona o gigantesco universo.

Nele, senti o encantamento pela vida. E generosidade, ao afirmar que gostaria de retribuir tudo o que recebia porque não parava de receber.Pautou a vida, dizia, buscando o bem, a beleza e a verdade, ideal que perseguiu, como um objetivo. Não ousava firmar uma opinião ou um julgamento sobre alguém.

“_ Testei o homem, ele dizia, é inconsistente”. Mesmo assim exaltava a supremacia do indivíduo sobre as massas.A violência fascina os seres moralmente mais fracos. Combatia os tiranos e os despotas.

Apaixonadamente pacifista, se amargurava de ter dado o primeiro passo para a construção da bomba atômica.Convencido, porém, que ambos os blocos em que se dividia a humanidade poderiam alcança-la,entregou-se intensamente, ao seu estudo. Assumindo a responsabilidade, proclamando contudo a necessidade absoluta de extirpar a guerra, e de se bater, incansavalmente, contra a raiz do mal.

_” Minha religião, ele dizia, consiste em adoração humilde do espírito superior e ilimitado que se revela nos menores detalhes que podemos perceber com nossos espíritos frágeis e incertos. Essa convicção profundamente emocional de um poder que se revela no incompreensível universo é a idéia que faço de Deus”.

Este o outro Einstein que aprendi a admirar.Não apenas o gênio, mas também o homem.

(*) Regina Stella (Fortaleza), jornalista e escritora

Untitled Document

Regina Stella S. Quintas
Jornalista e Escritora
studartquintas@hotmail.com

                                            
:: Outras edições ::

> 2015

– Outubro
Camaleões à solta

–Setembro
Um instante de Solidariedade

> 2015

– Novembro
Coronel Chichio

– Outubro
Uma ponte...

– Setembro
Um verbo para o encantamento

Agosto
Há vida lá fora...

> 2014

Setembro
Seca: a tragédia se repete
Agosto
Seca: a tragédia se repete
Julho
Gente brava
Junho
Dia da Alegria
Maio
Precioso bem
Abril
Aquele velho “OSCAR”
Maro
Estórias de sertão, estórias de cangaço
Fevereiro
Recado para quem sai
Janeiro
Rota para a vida

> 2013

Dezembro
Na festa do tempo, um brinde à vida
Novembro
Em velha trova do tempo. Trinta dias tem setembro. Abril, junho, novembro...
Outubro
O Gênio e o Homem
Agosto
O Gênio e o Homem
Julho
Um presente de vida a Mandela!
Junho
Dia da Alegria
Maio
Precioso bem
Abril
Aquele velho “OSCAR”
Maro
Estórias de sertão, estórias de cangaço
Fevereiro
Recado para quem sai
Janeiro
Rota para a vida

> 2012

Dezembro
As lições de amor e ternura fazem eterno o Natal
Novembro
As luzes estão acesas
Outubro
Amarga ironia
Setembro
O trono vazio
Agosto
A última trincheira
Julho
Parece que foi ontem...
Junho
Atores de todos os tempos
Maio
Seca: a tragédia se repete
Abril
Imaginação ou realidade?
Maro
Um Século de Sabedoria
Fevereiro
Trágedia e Carnaval

> 2011

Novembro
Trilhas da vida
Setembro
Um mercenário a caminho
Agosto
Usar sem abusar
Julho
Como as aves do céu
Maio
Quem se lembra de Chernobil?
Junho
Sino, coração da aldeia...
Maio
Maio, cada vez menos Mês de Maria, está indo embora...
Abril
Bonn, Bonn
Fevereiro
Depois da festa...
Janeiro
Um brinde ao Novo Ano

> 2010

Dezembro
Nos limites de um presente,um presente sem limites
Novembro
Homem total
Outubro
Estórias de sertão, estórias de cangaço
Setembro
Um tempo que se perdeu
Agosto
Império do Medo
Julho
Acenos de Esperança
Junho
Maio, cada vez menos Mês de Maria, está indo embora...
Maio
Poema Impossível
Março
Numa tarde de verão
Fevereiro
Caminhos de ontem
Janeiro
Muros de Argila

> 2009

Dezembro
Um Brinde Vida
Novembro
A vez da vida
Outubro
Gente brava
Setembro
Gente brava
Agosto
Lição de vida no diálogo dos bilros
Julho
Camalees solta
Junho
Síndrome de papel carbono
Maio
Um tempo que se perdeu


:: Veja Também ::

Blog do Ayrton Rocha
Blog do Edmilson Caminha
Blog do Presidente
Humor Negro & Branco Humor
Fernando Gurgel Filho
JB Serra e Gurgel
José Colombo de Souza Filho
José Jezer de Oliveira
Luciano Barreira
Lustosa da Costa
Regina Stella
Wilson Ibiapina
















SGAN Quadra 910 Conjunto F Asa Norte | Brasília-DF | CEP 70.790-100 | Fone: 3533-3800 | Whatsapp 61 995643484
E-mail: casadoceara@casadoceara.org.br
- Copyright@ - 2006/2007 - CASA DO CEARÁ EM BRASÍLIA -