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Abril 2013

Faça como o velho marinheiro...

O velho marinheiro durante o nevoeiro vai remando devagar. E devagar se vai ao longe. E devagar também se chega. Há quem diga que os últimos serão os primeiros. Outros dizem que os últimos serão os derradeiros.

Mas o mundo está mudando.

Nos aeroportos não se vêem mais jornais. Há muito tempo foram banidos dos saguões (salas de espera) e aviões, para a alegria do Exterminador do Plural. Agora só “lap-tops”, “i-pads” e “i-phone”. Os aviões cortaram inicialmente a bebida alcoólica, depois as refeições.

Inventaram as barrinhas, o amendoim, os sanduíches de isopor, “made in China”. Agora só agua. Está próximo dia em que o passageiro terá que levar seu assento e encaixar na poltrona.... Breve você será a aeromoça ou o aeromoço... Já não tem o que fazer. Botar a poltrona para frente ou pra trás está cada vez mais difícil. Tá tudo emperrado. Como está dificil entrar numa poltrona.

Nos shoppings, milhares de câmeras, seguranças e assaltantes. As câmeras e os seguranças não funcionam quando se precisa deles. Os assaltantes fazem o que sabem: assaltam. Dentro e fora do território com competência. A polícia chega sempre depois...

Nas delegacias, policiais, agentes, escrivães e delegados só abrem BO se o cidadão tiver testemunhas, câmeras, luzes, ação e o móvel do crime, que pode ser cadeira, mesa, cama, criado mudo, mala com um corpo dentro, mordomo, faca, revolver, sobras de crack, coca e maconha. Peritos caíram em desgraça e os investigadores foram enviados pros museus.

Se você liga para o disque denúncia, no fixo e por sua conta, o cidadão responde: por que você não prendeu o bandido ou então porque você não prendeu a vítima? O paulista se exalta e grita:” a vítima entrou em óbito, mêo”. Se liga, de graça, para o 0800 o constrangimento se repete. Muitas vezes está ocupado, a operadora não atende, foi tomar café ou ao banheiro, ler a revista Caras, falar mal de corno e viado, está na cantina comendo salgado ou no fumódromo tocando fogo no pulmão e no cigarro...

A figura do dedo duro, tão em moda nesta época de dedoduragem oficial para suprir a incompetência e a falência do Estado, foi desmoralizada.

Nos carros, há um adesivo com o número de um telefone para o qual o dedo duro anônimo (ouvidor público, zelador vulgar, celerado cívico) deve ligar informando “como estou dirigindo?”. Vai te catar, diz o atendente. O pais está mudando com tantos telefones para delação.

Sequestro, sumiço, trabalho escravo, prostituição infantil, porrada em idosos, mulheres e crianças, tráfico, pedofilia, maus tratos em animais.

O resto, a putaria, a malandragem, a roubalheira, a empulhação, não tem 0800.

Nos estádios, é proibido entrar com objetos. Na hora da porrada, surgem porretes, barras de ferro, cadeiras, bombas, latas, garrafas, sinalizadores e fogos. Claro que sempre há um jeitinho para entrar. A polícia lá está com balas de borracha, spray de pimenta e granadas de gás. O script inclui um chefe de policia civil, outro militar, juiz e promotor de plantão, guia para pagamento de fiança, um studio para fazer “zoom” de imagens, um mini presidio para as multidões, camburões, ambulâncias um batalhão blindado.

Um ex-ministro muito poderoso dia desses lamentava-se pela WEB que fora feliz na sua infância e não sabia. Filho de mãe solteira, menino que vendia laranjas nas ruas, a mãe mandava que fosse ao supermercado e ele voltava com muitas sacolas cheias...Hoje, esta difícil pois as câmeras dos supermercados fiscalizam principalmente meninos de ruas, mendigos e bebuns. Ladrões e ladras de casaca passam com tudo por debaixo das saias, paletós, câmeras e das leitoras de códigos de barras.

Você liga para um banco, plano de saúde, tele ou seguradora. Chama, ocupado. Chama. atende, desliga. Religa, musiquinha ou sinal de espera de 40 minutos. Religa, uma voz diz ligue 1 praisso, 2 praquilo. São 10 opções. Nas 10, cada uma tem outras 10, Na realidade, 100. Pedem nº do CPF, ISS, INSS, carteira de identidade, trabalho, saúde, motorista, senhas, conta, agência, nome da mãe, cep, telefone, email, PIS, código fonte, código de barras, Você dá tudo ela desliga. Você liga de novo.

Repete tudo. A voz lhe dá um protocolo inútil. Pede paravocê não desligar para avaliar o atendimento. Você tenta dar zero, ela some. Ou então a voz diz quue voce é o 66o. da fila e que será atendido em 2horas e 45 minutos!

Juizes são rigorosos e durões com os que fazem pequenos furtos, mas não prendem ninguém que habita o satélite Brasília, a maior concentração de ladrões por metro quadrado do planeta, 45% de gente da base, 45% de lobistas e 10% de delatores premiados ou em vias de... Há processos que duram três quatro legislaturas e a impunidade segue firme, por causa do advogado, delegado, procurador, defensor, provedor, maleiro, provador, analista, secretária, motorista, desembargador, relator, corretor, garçon, porteiro, ministro, etc e tal.

Ninguém vai a Brasília fazer continência a bandeira ou rezar na Catedral. Vai tomar grana da viúva. Gravado, filmado, grampeado, xerocado, pela PF, ABIN, arapongas. Nas armações, tem até galinha que voa.

Antigamente, nos mandavam se queixar ao bispo. Ocorre que banalizaram a figura dos bispos. Aquele de chapeuzinho vermelho dos católicos foi substituído por bispos executivos de gravata, chapéu e maquininha de débito em conta que apanham dinheiro como se apanha banana. Os bispos estão ocupados nas suas mansões e aviões com suas ovelhas de fino trato e com paraísos fiscais. Se você procura um bispo ele manda preencher uma ficha de depósito, comprar três livros e pagar um, comprar quatro cds e pagar dois, fazer assinatura de jornal e de revista. Ou assinar tv.

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JB Serra e Gurgel
Jornalista e Escritor
http://www.cruiser.com.br/girias
gurgel@cruiser.com.br


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