Junho 2008
As mães que povoaram Acopiar
Há um paradigma de se homenagear as mães por sua geração de vidas. As de Acopiara merecem homenagens pelas muitas vidas, pela abundancia de vidas.
Pelo que fizeram doando suas vidas para que outras surgissem, povoando Lages, Afonso Pena, Acopiara, o sertão, o Ceará, com doação, dedicação, abnegação, resignação.. Mas acima de tudo, pela certeza, que cumpriam uma determinação divina, a vontade de Deus.
Cumpriram com magnanimidade sua função biológica. Deixo de lado, objetivamente, funções sociais, econômicas, demográficas, políticas. Opto pelo plano humano. Não mediram sacrifícios para criar os filhos, tudo fazendo para crescessem no amor, respeito, dignidade. Foram generosas, extremadas, humildes, valorizando a família.
Com a ajuda de Luiza Adaiza Fernandes Alves e Paula Teixeira Gurgel aqui vai minha homenagem às mães de Acopiara.
Antonia Duarte Costa (Alaíde), sra. Mario Duarte Pinheiro, mãe de (28), dos quais foram contados Maria da Conceição, Francisco, Antonio, Mauritonio, Rosa, Ana Cláudia, Ricardo, Márcia, Fábio, Samiro, Elias, Marcos Antonio, Maura, Maria, Cícero, Cláudio e Manoel.
Maria Aldenora Soares Almeida, sra. Francisco Soares Guilherme (Eudócio), mãe de (21), dos quais só Francisco foram nove, Cícera, Sandoval, Elival, Lindoval, Emanuel, Cícero, Maria, Cecília, Mari, Leônidas, Notedormes.
Perpétua Alves de Macedo, sra. Jose Alves de Oliveira, mãe de (19) Elieuza, João Alves Neto, Roseli, Francisco, Walter, Maria de Fátima, Maria Elda, José Alves Neto, Jaime, Bezaliel, Maria Edileuza, Maria Efigeleuda, Adário, Claudia, Maria Elita, Maria Elizete, Edmilson, Elda.
Zilda Fernandes Vieira, sra. Antoni Alves Guilherme (Antonio do Cedro), mãe de (18 ) Albertina, Aldenora, Altamira, Adalberto, Adália, Adaíza, Antonio, Alzionete, Fernandes (Xanan), José, Gorete, Elvira, Pedro, Aurineide, Rita de Cássia, Lucia de Fátima, Águida, Manoel.
Maria do Carmo Holanda, sra. Casimiro Teixeira do Vale, mãe de (17) Vilalba, Geralda, Joatan, Milton, Pedro Lindalva, Assis, João, Iza, Raimundo, Antonio, Wilson, Francisca, José, Francisco 1 e 2, Antonio.
Rita Galdino da Silva, sra. Francisco Chagas Matias, mãe de (16) Elias, Moisés, Antonio, Enoque, Maria, Ramundo, Chiquinha, Terezinha, Maria Chagas, Glória Joana, Francisco, Brás, Lauso, Lausina, Norato e Augustinho. Além disso, d. Rita criou seus (12) enteados: Raimundo, Chagas, Francisco, Vicente, Luiz, José, José Chagas, Elias, Antonio, Pedro, França, Maria e Nilsa.
Alzira Medeiros, sra. José Macedo Albuquerque, Seu Zezeca das Tubibas, mãe de (15) Maria, Luiza, Maria de Lourdes, Alacoque, Fransquinha, Francisco, Raimundo, Antonio, Simone, Rita, José, Francisco das Chagas, Geraldo 1 e 2 e Terezinha
Maria das Dores Andrade, sra. Felix Viriato Teixeira, mãe de (15) Antonieta, Doralice, Fransquinha, Mundinha, Maria Laura, Maristela, Ausristela, Esmeralda, Sitonho, Francisco, João, Joaquim, Zeca, Floro, Geraldo.
Aurélia Holanda Gurgel, minha avó, sr. Francisco Gurgel Valente, meu avô, mãe de (15) Nertan, (meu pai), Nestor, Nicanor, Francisco, Neófito, Néon Nilton, Nilo, Maria Leônia, José Luis, Nelson, Nicéas, Nereida, Napoleão, João Bosco.
Lourdinha Rodrigues, sra., Emidio Calixto, mãe de (15), Aila, Aurileda, Aleuda, Adilza, Ailza, Agisse, Aécio, Ari, Afrânio, Abner, Ailco, Ailton, Amauri, Arnóbio Airton.
Com 14 filhos, Maria das Dores Silva, sra. Sra. José Martins da Silva, Francisca Alves de Lima, sra. Geraldo Alves de Lima; Maria de Lurdes Lima, sra. José Alencar de Lima. Com 13, Josefa Maria de Brito, sra. Manoel Antonio da Silva, Francisca Albuquerque (Chiquinha), sra. Abidon, Espírito Santo Monteiro, sra. Manoel Ferreira Lima,(Neinho), Laurentina Pereira, sra. Antonio Rufino. Com 12, Maria Medeiros, Abílio Calixto; Agláis Marques, sra. Ezequiel Albuquerque de Macedo, Ramunda Felix (Mundinha), sra. Antonio Capistrano Martins. Com 10, Fransquinha Almeida, sra. Francisco Alves Sobrinho, Almerinda Gurgel (Neném), sra. Chico Guilherme, Maria Nilsen Serra e Gurgel, sra. Nertan Holanda Gurgel; Josefa Alves Pinheiro, sra. Vicente Carlos Pinheiro (Mouzinho), Maria Lima Albuquerque, sra. Antonio Dias de Albuquerque (Vilela), do Isidoro, vivo com 102 anos ).
Este é um retrato de um outro Brasil. O Brasil das famílias numerosas, da ocupação territorial, da interiorização, da necessidade de gente para produzir riqueza. O Brasil que as gerações atuais desconhecem, mas que precisam conhecer, pois lá estão suas raízes, suas origens, o fio de sua meada. Um Brasil que não tinha televisão, pílula anticoncepcional, camisinha. Um Brasil com um quarto da população de hoje. Um Brasil em que os filhos conheciam bisavós, avós, tios, filhos, irmãos. Os laços de parentesco eram de fácil identificação. Um Brasil aparentemente fossilizado, à espera de que novos pesquisadores, narradores, cronistas, investigadores descubram como foi possível que isso tenha acontecido na nossa civilização e que poucos conseguem enxergar a olho nu.