Maio 2011
Os oitenta anos de Claudio Castelo
Costumo dizer que não se herdam amizades. E estou enganado.No final da decada de 1950,durante o governo Parsifal Barroso,meu pai Francisco Ferreira Costa me falou empolgado de jovem medico que conhecera no IAPC, de que era chefe de pessoal a quem me apresentou. Consttituiu presente regio conhecer tal figura e admirá-la,ao longo dos anos.
A este tempo, tudo indicava que Claudio Castelo iria enveredar pela carreira politica,tal seu envovimento com o casal Parsifal Barroso e com o mpoder estadual de entao. Quem o conhecesse,nao se surpreenderia se ele estivesse preparando carreira politica par ao fim do mandato de Parsifal.
Nao foi o u que aconteceu.
Parsifal saiu do governo, dando espaço para o candidato a quem derrotara no pleito anterior,Virgilio Tavora, este apoiado expressavemente pelas forças conservadoras do Estado, na iminencia da ditadurra quando elas se congregariam no partido do governo, a ARENA.
Terminado o governo, Claudio precisaria enfrentar nova tentação politica ,por conta de seu parentesco e amizade com o novo governaddor Placido Castelo. Ele ja decidira,porem, buscar horizonte mais amplo para o exercicio da profissao. Foi morar em S.Paulo, iniciando,entao, carreira de psicanalista,em que se tornou um dos profissionais mais respeitaveis da capital paulistana,
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Lemrbro-me de que vivia eu fase atribulada de minha vida e mde haver batido,nao seria a primeria vez,à porta de Claudio Castelo para me valer,com suas luzes,seu bom senso, seu equilibrio, num transe dificil que entao vivi.
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A distancia fisica nos separou. Vim morar em Brasília e ele continuou a brilhar em S.Paulo. Spo de raro em raro nos encontravamos em suas ideas ao Ceara para rever a familia a que e tamb´pem muito ligado.
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Em 1960, alta de pressao.
Estava eu nno Comite de Imprensa, na azafama diaria de produzir materias para O Estado de S.Paulo e “Correio Braziliense” quando um colega dos amis estimados,Gilberto Amaral se sentiu mal. Acompanhei o ate o serviço medico e o profissional que o atendeu nao viu gravidade em seu estado. E me convocvocou a olhar a pressao arterial o que antes nunca havia feito. Pois bem,nao é que ela era alta e eu disso nao sabia e nao cuidava.
Um ou dois anos depois, creio que foi no fatídico 31 de março e 1980, passei mal e decidi recorrer aos prestimos do Hospital Distrital,de Brasília, entao respeitável e efiviente instituição do genero. Ha quem diga que os medicos ainda traumatizados com a tragédia de Tancredo Neves e impressionados com a qualidade das personalidades polit6icias que me visitavam, trataram dee passar a bola pra frente, mandando –me para S.Paulo. Quando telefonei a Claiudio Castelo,ele logo quis saber quando chegaria onde me hospedaria e como me poderia ajudar. O acesso ao Hospityal Beneficiencia Portuguesa fora conseguido por Marai Stela Frota Neto, hoje embaixadora do Brasil em Suiça,casada com jornalista, amigo irmao. Agora, a apresentação, o capricho com que procurou ressaltar minha im portancia como jornalista e como gente,junto a Adib Jatene e a equipe medica que o cercava foram trabalho seu.Que nao me largou,senao quando o med ico Helio Magalhaes disse que tinha eu problema na aorta toraxica que requeria intervenção cirurgica. Nada tao urgente. A operação podia ser feita,dai a um,dois anos. Passei 16 anos fugindo do bisturi. So eresidindo em Paris,em 1995, me operei no Salepetriere, com o cirurgiao Gandback, graças ao jovem medico brasiliense, Leonardo Esteves Lima, filho de meu amigo,Esteves Lima, medico da Camara. Foi em junho de 1995. E la na capital francesa, todos os dias, recebia o chamado telefgonico de Claudio Castelo,querendo saber do meu caso, da cirurgia,do que estava sentindo, carinhos de medico e de irmao.
Em 2003, a grande cardiologista de Brasília que me atende,dra.Leda Brauna Braga me recomendou nova cirurgia cvom o dr. Sergio Almeida Olivbeira. Quem o procuou em Brasília, dando lhe minhas referencias,meu curriculo,elaborado por carinho de irmao, foi Claudio que suspendeu o trabalho no consultório quando era necessário estar presente aos exames mais complexos a que me submeti.Sao favores que se fazem a irmao e que nunca lhe poderei agradecer devidamente
Eu e Claudio
Pensei em organizar antologia de depoimentos sobre Claudio Castelo. Como vi que a iniciativa nao se coadunava com a modéstia em que sempre viveu, desisti. Com pena.
Agora tinha eu muito o que escrever sobre o quanto lhe devo em palavras amigas e necessarias na adversidadea, em acompanhamento em meus roteiros paulistas de cardiologistas e de hospital e de sua solidariedade sempre prestante e efetiva. Ele é o amigo certo a cuja porta sempre se pode bater com a certeza de que nao nos faltara.. Isto tem ocorrido nos ultimos cinquenta anos, a maior parte dos quais estivemos separados por longas distancias. ele em S.Paulo,eu em Fortaleza ou ele em S.Paulo e eu em Brasília.
Faltaria discorrer sobre o papel de medico exemplar que ele tem sido, seja,primeiro como gastro enterlogista posteriormente como psicanalista dos mais respeitados da capital paulistana. Sobre o irmao mais velho do clã de Adauto Castelo,sempre atento a todfos os irmaos e sobrinhos.Sobre o amigo fiel,preocupado com os amigos que tem espalhados pelo pais. Sobre a cultura por ele acumulada, tao ciosamente guardada pela modestia atrás de que se esconde e esconde seus multiplis meritos.
Fora meus problemas que ele sempre acompanhou e me ajudou a resoilver,com solicitude fraterna.
O que posso dizer é que desde a decada de cinqüenta tenho o privilegio de ser amigo de Claudio Castelo e isto nao apenas me honra,também me beneficia nas horas de dificuldade e de aperto. E a certeza disso me d´pa firmeza para enfrentar as dificuldades que se me apresentam.Aqui é que conclui artigo do Lustosa para a casa do ceara,serra.
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(*) Lustosa da Costa (Sobral), jornalista e escritor.