Boa madrugada, terça-Feira, 16 de Julho de 2024
Casa do Ceará

Imprima




Ouça aqui o Hino do Estado do Ceará



Instituições Parceiras


































:: Jornal Ceará em Brasília


::Odontoclínica
Untitled Document

Julho 2013

Um presente de vida a Mandela!

Mandela...um verso, um poema. Um gemido. Um lamento, um paroxismo de dor. Uma luta sem trégua contra a injustiça e a discriminação. Um homem proclamando um ideal. Um herói defendendo sua raça, seu povo, o direito de ser alguém.Um negro.

Por incitar a luta e se revoltar contra o governo branco, tirano e cruel, Mandela deixou de existir, oficialmente, proibido de escrever seu nome, publicar sua foto nos jornais, amordaçadas as suas palavras, algemados os pulsos. Mas não sufocado o ideal.

Quase trinta anos de reclusão pagou o líder, pela ousadia de iniciar uma revolta contra o apartheid. E perdeu o contato com o mundo, numa tentativa vã dos brancos de fazê-lo esquecido e sepultado entre os altos muros de uma prisão perpétua.Apagado, amordaçado, num protesto silencioso, a sua mudez equivalia a milhões de gritos de guerra, de rebelião, ecoando pelos rincões de sua terra natal, ultrapassando fronteiras, se alardeando, se multiplicando, chegando aos confins do mundo.

Por força do ideal, nervos e músculos em oblação, pensamento e coração em permanente vigília, Mandela atraiu todo anseio de liberdade e para ele se voltou como a um ponto de referência, a África injustiçada, a África sangrenta, a África massacrada. E ninguém, por mais ódio ou rancor, ousava tocá-lo, como se nele vivesse, como uma dádiva dos céus e uma eleição a própria alma da negritude.

Envelhecendo no cárcere, dezoito anos de trabalhos forçados, tentaram suborná-lo, oferecendo-lhe a liberdade em troca de uma declaração: renunciar a violência. Um gigantesco Não sensibilizou o mundo inteiro pela firmeza de propósitos! Abdicava da liberdade, mas não recuava, repetindo, obstinado que a sua libertação se associava irremediavelmente à libertação dos negros sul-africanos. E ao aparecer como cidadão livre, ao deixar a prisão, então um velho de cabelos brancos, magro, alquebrado, comovida a humanidade chorou, ante a força inquebrantável dos 75 anos de Mandela!

Vencendo séculos de opróbrio e humilhações, pela primeira vez os negros sul-africanos se encaminharam para as urnas onde escolheram, lado a lado com os brancos, com os mestiços, o seu presidente, Mandela. O revolucionário de ontem, o ativista, o relegado, o recluso, o prisioneiro. Findava-se a servidão, sepultado o apartheid.

Sobre-humana tarefa para um novo presidente, num chão minado de ódios e ressentimentos, entre os brancos que defendiam as antigas regalias e a expectativa dos negros, à espera imediata de um milagre, ante a promessa de conseguir “uma vida melhor para todos”, como propalava, em slogan, a campanha de Mandela.

Perfilava-se o mundo frente a África Negra do Sul, no seu heróico esforço de manter-se viva. E de pé.

Diante de Mandela, emocionada, a humanidade reverenciava o seu ideal de liberdade finalmente aceito.

No lusco-fusco do dia que começava, madrugada ainda, no meu jardim brotou uma rosa vermelha. Um presente de vida a Mandela!

Hoje, persisto na minha homenagem reverenciando o herói. E, de pensamento e coração, a ele ofereço milhares de rosas vermelhas. Um presente de vida a Mandela!

(*) Regina Stella (Fortaleza), jornalista e escritora

Untitled Document

Regina Stella S. Quintas
Jornalista e Escritora
studartquintas@hotmail.com

                                            
:: Outras edições ::

> 2015

– Outubro
Camaleões à solta

–Setembro
Um instante de Solidariedade

> 2015

– Novembro
Coronel Chichio

– Outubro
Uma ponte...

– Setembro
Um verbo para o encantamento

Agosto
Há vida lá fora...

> 2014

Setembro
Seca: a tragédia se repete
Agosto
Seca: a tragédia se repete
Julho
Gente brava
Junho
Dia da Alegria
Maio
Precioso bem
Abril
Aquele velho “OSCAR”
Maro
Estórias de sertão, estórias de cangaço
Fevereiro
Recado para quem sai
Janeiro
Rota para a vida

> 2013

Dezembro
Na festa do tempo, um brinde à vida
Novembro
Em velha trova do tempo. Trinta dias tem setembro. Abril, junho, novembro...
Outubro
O Gênio e o Homem
Agosto
O Gênio e o Homem
Julho
Um presente de vida a Mandela!
Junho
Dia da Alegria
Maio
Precioso bem
Abril
Aquele velho “OSCAR”
Maro
Estórias de sertão, estórias de cangaço
Fevereiro
Recado para quem sai
Janeiro
Rota para a vida

> 2012

Dezembro
As lições de amor e ternura fazem eterno o Natal
Novembro
As luzes estão acesas
Outubro
Amarga ironia
Setembro
O trono vazio
Agosto
A última trincheira
Julho
Parece que foi ontem...
Junho
Atores de todos os tempos
Maio
Seca: a tragédia se repete
Abril
Imaginação ou realidade?
Maro
Um Século de Sabedoria
Fevereiro
Trágedia e Carnaval

> 2011

Novembro
Trilhas da vida
Setembro
Um mercenário a caminho
Agosto
Usar sem abusar
Julho
Como as aves do céu
Maio
Quem se lembra de Chernobil?
Junho
Sino, coração da aldeia...
Maio
Maio, cada vez menos Mês de Maria, está indo embora...
Abril
Bonn, Bonn
Fevereiro
Depois da festa...
Janeiro
Um brinde ao Novo Ano

> 2010

Dezembro
Nos limites de um presente,um presente sem limites
Novembro
Homem total
Outubro
Estórias de sertão, estórias de cangaço
Setembro
Um tempo que se perdeu
Agosto
Império do Medo
Julho
Acenos de Esperança
Junho
Maio, cada vez menos Mês de Maria, está indo embora...
Maio
Poema Impossível
Março
Numa tarde de verão
Fevereiro
Caminhos de ontem
Janeiro
Muros de Argila

> 2009

Dezembro
Um Brinde Vida
Novembro
A vez da vida
Outubro
Gente brava
Setembro
Gente brava
Agosto
Lição de vida no diálogo dos bilros
Julho
Camalees solta
Junho
Síndrome de papel carbono
Maio
Um tempo que se perdeu


:: Veja Também ::

Blog do Ayrton Rocha
Blog do Edmilson Caminha
Blog do Presidente
Humor Negro & Branco Humor
Fernando Gurgel Filho
JB Serra e Gurgel
José Colombo de Souza Filho
José Jezer de Oliveira
Luciano Barreira
Lustosa da Costa
Regina Stella
Wilson Ibiapina
















SGAN Quadra 910 Conjunto F Asa Norte | Brasília-DF | CEP 70.790-100 | Fone: 3533-3800 | Whatsapp 61 995643484
E-mail: casadoceara@casadoceara.org.br
- Copyright@ - 2006/2007 - CASA DO CEARÁ EM BRASÍLIA -