O vento soprava suave
E os cabelos longos dela
Voavam sobre o seu rosto tão lindo,
Como gaivotas voando sobre a beleza
Do dia amanhecendo.
De mãos dadas, aos beijos e abraços,
Caminhávamos sobre areia molhada
Do Mar Sereno de Copacabana
Onde as espumas das ondas quebradas
Banhavam nossos pés
Depois de uma longa noite de boemia
Onde a palavra mais doce
Era: Eu te amo. Eu te amo.
De um lado da natureza,
A noite chorava a tristeza da partida
Enquanto a Estrela Dalva
Piscava com um adeus solitário
Querendo ficar,
Só para assistir o momento carnal do nosso amor.
Do outro lado, a natureza surgia sorrindo
Como um fogo de amor
Onde o Sol lá no infinito,
Lá no fundo do Mar,
Vinha devagarinho, sorrindo,
Com suas cores tão belas
Numa excitação e exaltação ao nosso amor
Que estava para começar.
Ele apenas sorria,
E pintava com suas cores,
O cenário do nosso palco de amor.
Não queimava,
Só encantava aquela manhã tão linda
Que estava começando a chegar.
O silencio era total.
Além da melodia do vento,
Só os estalinhos de nossos beijos
E o suspiro dos nossos desejos.
As ondas do Mar de Copacabana,
Numa homenagem a nossa noite de paixão,
Em silencio, apenas banhava nossos pés,
Que deslizavam feito espumas
Sobre as areias daquela linda praia
Onde o nosso amor viveu.
Quem nunca viveu um amor
Na praia de Copacabana,
Um grande amor, nunca viveu.
Quem nunca fez amor
Na praia de Copacabana,
Um grande amor nunca fez.
Quem nunca beijou
A boca de uma linda mulher
Na praia de Copacabana,
Nunca deu um grande beijo de amor.
Quem nunca viu um alvorecer
Na praia de Copacabana,
Nunca viu um lindo dia nascer.
(*)Ayrton Rocha (Fortaleza), jornalista, escritor,compositor, publicitário, pequenoayrtonrocha@gmail.com