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Novembro 2011

Ubajara que o tempo levou

O plano era convocar todos os ubajarenses que moram fora para uma confraternização no Ubajara Clube na virada do século. Não deu certo. Os idealizadores do encontro, Edmundo Macedo, em São Paulo; Rubens Soares Costa, em Fortaleza e eu, em Brasília, nunca mais nos encontramos para acertar outra data. O projeto foi praticamente arquivado depois da morte do Edmundo Macedo. Assim, as minhas visitas a Ubajara continuam sendo feitas apenas em pensamento. Aciono a memória e passeio por Ubajara dos anos 50 e 60.

Lembro, como se fosse hoje, da madrugada fria de julho de 1959. Dário Macedo e eu acordamos a cidade com uma alvorada musical transmitida pelo serviço de som da Igreja matriz. De uma sala da casa paroquial inundamos aquela madrugada serrana com músicas na voz de Chico Alves, Carlos Galhardo, Vicente Celestino, Augusto Calheiros e outros tais. No silêncio do dia amanhecendo, os alto-falantes instalados na torre da igreja espalhavam nossa homenagem aos 90 anos de idade do coronel Cavalcante. Piauiense de Piripiri, Francisco Cavalcante de Paula, fazendeiro, industrial, comerciante, prefeito de Ubajara em duas ocasiões. Aquela alvorada pelo nonagésimo aniversário do coronel Cavalcante nunca mais saiu da minha cabeça.

Em março do ano seguinte o coronel, morreu deixando 31 filhos de três casamentos. Tem militares, engenheiros, professores, advogados, músicos e dentistas. Lembro da dona Pipiu, mulher do seu Oscar, o maior mestre da Serra. Araci, Geni, Oneide, Morena, Sulamita, Zulma, Terezinha e Zélia.

Não recordo o nome de todos os filhos, mas sei que eles continuam se reunindo em Ubajara, principalmente no final do ano. A festa é na rua, acredito que na mesma casa que moravam ao lado do seu Antônio Holanda, pai do Alan,

Versiani, Iraildes e Graziela. Morava lá também o sr. Álvaro Portela., pai da Socorro.

E por falar na Socorro Portela, lembro de uma festa que ela resolveu promover junto com a Maria Nilza Cunha, Madalena Holanda, Maria de Lourdes Alcântara e outras adolescentes que enfeitavam as nossas férias.

Contrataram o saxofonista Ivan e seu conjunto para animar a festa das Moças. Como o músico não confirmou a presença, elas chamaram uma outra banda de Parnaíba. No dia da Festa das Moças apareceram as duas orquestras.

Não tinha dinheiro para pagar uma quanto mais duas. Entraram em desespero.

Em meio a preocupação das promotoras, a Rita do seu Gabriel apareceu com uma brincadeira Dizia que além das bandas, estava também na cidade uma médica ginecologista que ia ficar na porte do clube para que só entrassem as moças. Um bingo arrumado de ultima hora arrecadou o dinheiro para pagar as duas bandas que tocaram até as seis da manhã na mais animada Festa das Moças que a cidade já viu.

(*) Wilson Ibiapina (Ibiapina), jornalista.

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Wilson Ibiapina
Jornalista

                                            


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