Outubro 2008
Falta Garçon
Fortaleza quer se credenciar como um dos destinos turísticos do país. Só praia ninguém agüenta.
Tem que ter uma programação envolvendo compras, visitas a lugares históricos, bons restaurantes, shows. Atrações que ocupem o visitante durante o dia.
O cara chega morto de cansado ao hotel, mas querendo ver mais no dia seguinte. O serviço é fundamental.
Não adianta ter tudo organizado se não tiver quem saiba atender. A mão de obra especializada não pode ser subestimada.
Um garçon pode pôr tudo a perder. O Lustosa da Costa, pediu um bife num restaurante da cidade. Não conseguiu cortálo e chamou o garçom para reclamar da carne dura. O garçon, prestativo, não pensou duas vezes. Foi lá na cozinha e trouxe sabe o que? Uma faca bem amoladinha. Claro, nem passou pela cabeça trocar a carne por uma mais macia.
Um amigo cearense, há muitos anos em São Paulo, foi passar férias em Fortaleza com a família e casal amigo. Na praia do Futuro, assim que sentou debaixo de uma barraca, o garçon, apareceu:
-E aí lorim, o que vai querer, macho?.
Um garçon já me sugeriu, na praia do Icaraí, em Caucaia , que pedisse outra coisa, pois sanduíche dava muito trabalho preparar.
Nessa mesma praia, amigos do Rio me viram perguntar ao garçon o que ele sugeria para o almoço. E, incrédulos, ouviram ele pedir que fossemos a outro lugar, sob o argumento de que o cozinheiro faltara e que a mulher do dono era quem estava fazendo a comida.
Os garçons não têm culpa. Os donos dos restaurantes é que devem prepará-los melhor.
Não precisam chegar ao exagero dos garçons da história que Paulinho Sabóia anda contando. No restaurante, todos os garçons andavam com uma colher no bolso do paletó para não perder tempo. Cai uma colher no chão ele a substitui, imediatamente, sem ter que ir até a cozinha. Carregam também um cordão para quando, no banheiro, abrir e fechar a braguilha, rapidamente.
- Como faz para por pra fora e guardá-lo? –perguntou o inocente cliente, intrigado com o cordão.
“Como os outros fazem, não sei, no meu caso, doutor, uso a colher pra botar pra fora e pra dentro das calças”.
Claro que, no Ceará , não precisamos de tanto perfeccionismo. Basta que saibam nos atender bem.